O Brasil que a gente imagina

No campo ou na cidade, no morro ou no asfalto, nas ruas ou nas redes, nossas lutas são mais potentes quando se juntam. A sabedoria dos povos originários e a imaginação política do povo preto podem construir um novo Brasil.

Já imaginaram as vozes e visões de populações negras, tradicionais, indígenas, moradoras de favelas, aldeias, assentamentos, periferias, zonas rurais e ribeirinhas do país movendo nossas políticas públicas? Alimentando um movimento contínuo para demarcar a democracia e aquilombar a política?

Agora, mais do que nunca, nossa luta em comum nos insere num caminho único e compartilhado de resgate do sentido de comunidade, de reconhecimento da nossa jornada e de retomada de tudo que nos foi historicamente tirado.

A luta por justiça e reparação é reivindicada pela juventude negra, indígena e LGBTQIA+ que se unem nos territórios de todo o país e exigem participação política para mudar esse cenário devastado pelo racismo estrutural e ambiental.

Já imaginaram um Brasil com democracia plena? Com uma juventude viva e com poder de escolha e de decisão? Um Brasil mais justo, diverso e plural, que valoriza a vida? Com direitos preservados nas favelas, quilombos e periferias, rios vivos e florestas de pé?

Imaginar é criar a realidade agora. O Brasil do futuro se planta no presente, com raízes conectadas ao seu passado ancestral. O Brasil do futuro é o que a gente constrói, canta, escreve, pinta, dança, cuida, mobiliza e inventa. Nós somos essas sementes.